Arte-educador Laerte Willmann ofereceu vivências em danças para a paz e zen - shiatsu. Inspire... Expire... Parece óbvio, não é?
Mas procure repetir pelo máximo de tempo que puder, sem interrupções e em completa consciência. Esse é o fundamento de muitas tradições que buscam o autoconhecimento. Laerte Willmann trouxe a Canoa Quebrada dois exemplos de práticas que usam a respiração como ferramenta de alinhamento entre o indivíduo e o universo: As danças da paz e o Zen Shiatsu. Primeiro os alunos do projeto Canoa Criança participaram durante quase uma semana de exercícios de dança, expressão vocal, narração de histórias e dramatização. “Percebi que eles tinham uma habilidade corporal fantástica, mas a habilidade verbal era um pouco mais deficiente, então optei por enfatizar mais a questão da dramatização. Procuro sentir o grupo e adaptar o trabalho de acordo com as circunstâncias.” Em seu trabalho como educador, ele utiliza diversas artes expressivas, narração de histórias, habilidades de comunicação e poesia recitada como elementos da sabedoria nativa. Laerte explica que todos esses recursos são instrumentos da cultura da paz. “A paz é menos cognitiva e mais emocional. Ou seja, ela se manifesta melhor no espaço da convivência, do diálogo, das trocas.”
Essa pedagogia baseia-se no desenvolvimento de conhecimentos e habilidades que encorajam a participação alegre, a criatividade e o crescimento pessoal. Combinando elementos de fala, ritmo, movimento, dança e canto, os participantes a redescobrem as bases tanto das artes corporais quanto da linguagem. Nesse contexto, música, movimento e fala não são entidades separadas, mas formam uma unidade. A arte da paz é baseada na participação coletiva, é um estudo de si que desenvolve a imaginação, a observação atenta o sentido de integração com o universo. As 'Danças da Paz', são danças acompanhadas de canções de diversas tradições da Terra. Elas aproximam os povos, afirmando a Unidade, a cultura e ecologia planetárias. Um dos principais efeitos das Danças é a intensificação da consciência de grupo. Elas são também um trabalho para integração do corpo, da voz e da mente. Os passos básicos são andar em círculo, se mover em direção ao centro ou se afastar dele, girar individualmente ou em duplas. Por vezes a roda é feita com as mãos sobre os ombros, como um ritual de solidariedade e companheirismo, com palmas das mãos sobre o centro do coração, como símbolo de unidade e reverência, ou com os braços levantados para o alto, num gesto de alegria e de abertura para o Infinito, ou as mãos dadas, como um gesto universal de amizade. O ensino dessas danças se dá por transmissão direta, de pessoa a pessoa. Nessa transmissão, não apenas um componente cognitivo, mas também o componente pessoal, energético, é transmitido dentro de uma Tradição Viva.